Milly Lacombe

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Milly Lacombe
Milly Lacombe
Milly no Campus Party Brasil de 2012.
Nome completo Maria Emília Cavalcanti Lacombe
Nascimento 1 de julho de 1967 (56 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Educação Rádio e TV
Alma mater Fundação Armando Alvares Penteado
Trabalhos notáveis Trip (revista)
Tpm (revista)
SporTV
RecordTV
UOL
Folha de S.Paulo
Site oficial

Maria Emília Cavalcanti Lacombe, conhecida por Milly Lacombe (Rio de Janeiro, 1 de julho de 1967) é uma comentarista cultural, jornalista, escritora e roteirista brasileira.[1][2][3]

Tem uma coluna na revista mensal TPM, chamada "Coluna do Meio", e foi uma das pioneiras da atuação feminina no jornalismo esportivo televisivo, atuando como comentarista no SporTV e na Rede Record.[2]

Milly chegou a atuar como comentarista da Liga dos Campeões da UEFA entre 2007 e 2009, nas transmissões realizadas pela Record.[4] É notória por seu estilo de escrita franco e muitas vezes provocativo.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Primeiros anos e formação acadêmica[editar | editar código-fonte]

Milly Lacombe, nasceu na cidade do Rio de Janeiro, capital do estado do Rio de Janeiro, no ano de 1967.[1][5] Nascido no bairro das Laranjeiras, na capital fluminense, herdou de seu pai a torcida e paixão pelo Fluminense.[1][6]

Mudou-se para São Paulo, para cursar Rádio e TV na Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).[2][7]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Trabalhou como colaboradora do jornal Folha de S.Paulo em Los Angeles.[2] Há mais de dezessete anos, assina colunas nas revistas TPM e TRIP.[8]

No ano de 2023, a jornalista Milly Lacombe e a rapper MC Soffia discutiram no Serviço Social do Comércio (SESC) sobra a violência nas entrelinhas do esporte, sendo tema de debate e reflexão na edição da Copa Sesc do Comércio e Serviços.[9]

Conforme a entidade em questão, embora o esporte esteja, em geral, associado a princípios e valores positivos, tais como fair play, superação e trabalho em equipe, lamentavelmente, ele pode se transformar em um ambiente propício para a manifestação de comportamentos violentos.[1]

Nos últimos tempos, é observado um aumento na ocorrência de episódios que envolvem violência física, atitudes agressivas e provocativas, além de manifestações de abuso verbal e psicológico. Além disso, a pressão excessiva e a discriminação relacionada a questões de raça, gênero, orientação sexual, e outros, têm se tornado cada vez mais frequentes, o que é motivo de grande preocupação.[9]

Iniciou uma coluna no UOL.[10] Como escritora de artigos opinativos, Lacombe escreveu um recente sobre a opinião de como é o jogo e formação de Neymar.[11] No artigo do Cartão Vermelho, a autora afirmou que, apesar do talento singular de Neymar no mundo do futebol, ele foi descrito como um "caso perdido".[11] Conforme a colunista do UOL, o jogador brasileiro não atendeu às expectativas que recaíram sobre ele, tanto em termos de desempenho em campo quanto em sua conduta fora dele.[9][11] A primeira vez que ela viu Neymar jogar na Copinha, ela chorou de verdade na cabine, pois tinha plena consciência de que estava diante de algo com uma dimensão quase sagrada. No entanto, a vida não acabou se desenrolando da maneira que ela esperava.[11] Além disso criticou a evocação do Jr. e falta de maturidade do jogador.[11]

Em outra coluna envolveu-se em uma polêmica com o ex-jogador e comentarista do grupo Globo, Pedro Paulo de Oliveira.[12] Após ser eleito por jogadores como 'melhor comentarista de futebol', Milly apontou para o “papel da masculinidade tóxica e frágil no futebol”, ao detrimento de outros nomes como Ana Thaís Matos e Walter Casagrande.[13] Pedrinho respondeu em sua conta no Instagram, afirmando que Milly apresentou uma visão 'desatualizada' sobre o futebol e 'preconceituosa' do jogador.[14] Em nova coluna, a jornalista demonstrou-se 'triste' com a reação de Pedrinho e disse que a escolha de Pedrinho pelos jogadores 'se deu para além do bom jornalismo de Pedrinho'.[13][15]

Literatura[editar | editar código-fonte]

Milly realizou sua estreia na literatura no ano de 2003, ao publicar o livro Como Ser uma Modelo de Sucesso, com a empresária Costanza Pascolato.[16][17]. Em 2004,publicou sua primeira publicação solo, Segredos de uma Lésbica para Homens.[18] No ano seguinte, publicou juntamente com o futebolista Raí e a jornalista Soninha Francine, Para Ser Jogador de Futebol.[19]

No ano de 2010, publicou o livro, Tudo é Só Isso, um livro de crônicas, relacionamentos, descobertas e confissões da autora.[20] Em 2013, escreveu o livro, Mara Gabrilli — Depois daquele dia, sobre a história da política paulista Mara Gabrilli.[21]

No ano de 2016, escreveu um conto para Over the Rainbow, um livro em que cinco autores revisitam contos famosos e os reescrevem contos com uma roupagem LGBT.[22]

No ano de 2017, publicou seu primeiro romance, intitulado O ano em que morri em Nova York, lançado pela Editora Planeta Brasil.[23][24] A obra, elogiada pela imprensa, narra a história de uma mulher de meia-idade e sua experiência com o término de um longo relacionamento.[25] Neste mesmo ano, foi convidada para ser roteirista e integrar a bancada de convidados do programa televisivo Amor & Sexo, comandando por Fernanda Lima, que aborda sexualidade e temas afins.[26][27] A jornalista permaneceu no programa da Globo durante toda a temporada do ano de 2018.[28]

Seu trabalho a transformou em uma figura de destaque na paisagem midiática brasileira, sendo reconhecida como uma voz influente e proeminente em debates e conversas sobre questões de gênero, sexualidade e cultura.[4]

Obras publicadas[editar | editar código-fonte]

  • Como ser uma modelo de sucesso: A-Z : o que é e como é vencer na mais desejada das profissões. São Paulo: Jaboticaba, 2003.[17]
  • Segredos de uma lésbica para homens. São Paulo: Jaboticaba, 2004.[18]
  • Para ser jogador de futebol: dicas de um campeão para você se tornar um jogador profissional de sucesso. São Paulo; Rio de Janeiro: Jaboticaba: Ed. SENAC Rio, 2005.[29]
  • Tudo é Só Isso. São Paulo: Benvirá, 2010.[20]
  • Mara Gabrilli: despois daquele dia. São Paulo: Benvirá, 2013.[21]
  • Over the rainbow: um livro de contos de fadxs. São Paulo: Planeta, 2016.[22]
  • O ano em que morri em Nova York. São Paulo: Planeta, 2017.[23]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Atualmente, reside em São Paulo com uma cachorrinha chamada Nina. Sua mulher reside no Rio de Janeiro, com uma cachorrinha chamada Vera.[2]

Processo[editar | editar código-fonte]

Como comentarista do programa Arena SporTV, comandado pelo jornalista Cléber Machado, no canal SporTV, em 2006, acusou o goleiro Rogério Ceni, do São Paulo, de ter falsificado uma assinatura em favor do clube inglês Arsenal.[30][31]

Durante a exibição do programa, o atleta, em uma ligação telefônica, entrou em contato ao vivo com os participantes do programa e perguntou à jornalista se ela teria provas em relação à acusação que lhe foi feita.[31] Ceni ajuizou então duas ações judiciais, nas áreas penal e cível, em face de Milly, e ganhou ambas. Na ação penal, a comentarista retratou-se e admitiu o erro.[32] Na ação cível, foi pedido o valor de 150 mil reais por difamação.[33]

Segundo o jornalista Cosme Rímoli, do portal R7, Lacombe teria sido condenada a indenizar o atleta na importância 60 mil reais. A queixa-crime por calúnia foi retirada após pedido de desculpas da jornalista.[34]

Em 27 de maio de 2011, Rogério Ceni obteve ganho de causa, mas a jornalista não foi punida, uma vez que se retratou no ar.[32][35]

Referências

  1. a b c d Júnior, Marcos. «Milly Lacombe - Que fim levou?». Terceiro Tempo. Consultado em 5 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 30 de julho de 2023 
  2. a b c d e f «Milly Lacombe». Trip. Consultado em 5 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 18 de outubro de 2023 
  3. Rodrigues, Bruna Mariano (dezembro de 2011). «Mídia e Sexualidade: a relação lésbica na revista TPM». Sexualidad, Salud y Sociedad (Rio de Janeiro) (9): 91–108. ISSN 1984-6487. doi:10.1590/s1984-64872011000400005. Consultado em 6 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 6 de novembro de 2023 
  4. a b «Milly Lacombe deixou a Record na semana passada». Portal Mídia Esporte. 18 de dezembro de 2009. Consultado em 22 de maio de 2022. Cópia arquivada em 13 de abril de 2016 
  5. «Rio de Janeiro (RJ)». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 5 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 24 de outubro de 2023 
  6. Lacombe, Milly (4 de novembro de 2023). «Milly Lacombe: Carta ao meu pai tricolor». UOL. Consultado em 5 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 4 de novembro de 2023 
  7. «GuIgO NewS entrevista: Milly Lacombe». GuIgO NewS. 16 de março de 2012. Consultado em 5 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 5 de novembro de 2023 
  8. «Estação Plural: Milly Lacombe fala sobre machismo e homofobia no futebol». Estação Plural. Empresa Brasil de Comunicação. 24 de abril de 2018. Consultado em 27 de maio de 2022. Cópia arquivada em 27 de maio de 2022 
  9. a b c Moraes, Bruno (3 de outubro de 2023). «Milly Lacombe e MC Soffia discutem, no Sesc São Carlos, a violência velada no esporte». ACidade ON São Carlos. Consultado em 5 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 5 de novembro de 2023 
  10. «Milly Lacombe». UOL. Consultado em 5 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 25 de fevereiro de 2021 
  11. a b c d e «Milly: Neymar é um caso perdido, por mais que seja tecnicamente assombroso». UOL. 17 de outubro de 2023. Consultado em 5 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 9 de outubro de 2023 
  12. «Entenda a 'treta' envolvendo Milly Lacombe e Pedrinho». Terra. 5 de janeiro de 2023. Consultado em 6 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 6 de novembro de 2023 
  13. a b «Milly Lacombe x Pedrinho: entenda "treta" entre colunista e comentarista da Globo». CNN Brasil. 4 de novembro de 2023. Consultado em 6 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 4 de janeiro de 2023 
  14. «Pedrinho dispara contra Milly Lacombe: 'Prega muitas coisas e faz tudo diferente'». Lance!. 3 de janeiro de 2023. Consultado em 6 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 4 de janeiro de 2023 
  15. Lacombe, Milly (4 de janeiro de 2023). «Milly Lacombe - Pedrinho, volta aqui: você não entendeu o que escrevi». UOL. Consultado em 6 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 4 de janeiro de 2023 
  16. Ferreira, Christiane. «A dona do estilo». Dia-a-Dia Revista. Consultado em 5 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 5 de novembro de 2023 
  17. a b «Como ser uma modelo de sucesso : A-Z : o que é e como é vencer na mais desejada das profissões». Biblioteca Nacional do Brasil. Consultado em 6 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 6 de novembro de 2023 
  18. a b Lacombe, Milly (2004). Segredos de uma lésbica para homens. [S.l.]: Jaboticaba. Cópia arquivada em 5 de novembro de 2023 
  19. Lacombe, Milly (15 de maio de 2021). «O dia em que Raí calou a Fiel e mostrou que a arte se impõe à rivalidade». UOL. Consultado em 5 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 15 de maio de 2021 
  20. a b Lacombe, Milly (2010). Tudo é só isso: Amor, conquistas e outros prazeres fundamentais. [S.l.]: Benvirá. Cópia arquivada em 5 de novembro de 2023 
  21. a b Lacombe, Milly (16 de outubro de 2013). «Depois daquele dia - Tpm». Trip. Consultado em 5 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 5 de novembro de 2023 
  22. a b Lacombe, Milly; Jr, Renato Plotegher; Bressanim, Eduardo; Santini, Maicon; Fox, Lorelay (2016). Over the rainbow: um livro de contos de fadxs. [S.l.]: Planeta. Cópia arquivada em 5 de novembro de 2023 
  23. a b Lacombe, Milly (14 de junho de 2017). «Milly Lacombe lança novo livro sobre traição e descoberta. Leia trecho». Trip. Consultado em 6 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 17 de junho de 2017 
  24. Moraes, Layse (24 de abril de 2021). «"O ano em que morri em Nova York", de Milly Lacombe: o caminho da autoficção como cuidado de si». Leitura. Universidade Federal de Alagoas. Consultado em 6 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 7 de outubro de 2022 
  25. Ribeiro, Ana (22 de julho de 2017). «CRÍTICA: Obra sobre fim de relacionamento disseca intimidade e amor». Folha de S.Paulo. Consultado em 6 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 22 de julho de 2017 
  26. «revista piauí - Milly Lacombe». piauí. Consultado em 6 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 6 de novembro de 2023 
  27. «'Minha vida mudou quando me dei conta dos meus privilégios', diz Fernanda Lima». Folha de S. Paulo. 19 de dezembro de 2018. Consultado em 6 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 19 de dezembro de 2018 
  28. Bittencourt, Julinho (22 de outubro de 2020). «Milly Lacombe arrasa no Amor e Sexo: "a classe média tem que se reconhecer como classe operária"». Fórum. Consultado em 6 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 27 de agosto de 2022 
  29. «Para ser jogador de futebol : dicas de um campeão para você se tornar um jogador profissional de sucesso». Biblioteca Nacional do Brasil. Consultado em 6 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 6 de novembro de 2023 
  30. «Cleber Machado revela bastidores de treta entre Ceni e Milly Lacombe». UOL. 27 de abril de 2023. Consultado em 6 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 30 de abril de 2023 
  31. a b «Assinatura com o Arsenal, ligação ao vivo e processo na Justiça: relembre a treta entre Milly Lacombe e Ceni». Lance!. 23 de março de 2021. Consultado em 27 de maio de 2022. Cópia arquivada em 24 de março de 2021 
  32. a b «Rogério Ceni ganha processo contra a jornalista Milly Lacombe». Extra. 27 de maio de 2011. Consultado em 6 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 23 de dezembro de 2021 
  33. «Rogério Ceni encerra processo contra Milly Lacombe e recebe R$ 60 mil de indenização». Portal IMPRENSA - Notícias, Jornalismo, Comunicação (em inglês). 5 de novembro de 2010. Consultado em 6 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 30 de abril de 2016 
  34. Rímoli, Cosmo (8 de novembro de 2010). «O importante caso Rogério Ceni versus Milly Lacombe». R7. Consultado em 10 de novembro de 2010. Arquivado do original em 10 de novembro de 2010 
  35. «Rogério Ceni recebe indenização de comentarista por danos morais, diz jornal». UOL. 27 de maio de 2011. Consultado em 6 de novembro de 2023. Cópia arquivada em 30 de maio de 2011 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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